segunda-feira, 9 de junho de 2008

A DÉCADA DE 60

Em meados da década de 60 surgiu uma concentração de fenômenos, os quais os analistas sociais deram o nome de “contracultura”. Enquanto isso, a violência racial e o conflito do Vietnã agitavam os Estados Unidos.
Esse fenômeno denominado “contracultura” teve suas idéias postuladas na juventude da classe média norte-americana. Não é difícil entender porque nos EUA, já que os valores apregoados por essa sociedade moralista, racista, consumista e tecnocrata faziam o jovem adaptar-se a uma realidade mecânica e desprovida de qualquer impulso criativo.
Portanto podemos dizer que os movimentos de contracultura tinham como ponto principal a contestação desse mundo racional e bitolante que prevalecia na sociedade ocidental contemporânea. É dentro desse grande contesto que os jovens buscavam o desejo simples e elementar de felicidade individual.
A música, as roupas o cinema, ou seja, todas as formas de expressão cultural da época mostraram a influencia desse novo modo de vida. Contudo, a musica figurou-se com grande importância ;surgiram os grandes festivais musicais (Woodstock, Altamont e Ilha de Wight). E neles houve a consagração de nomes ainda não conhecidos no meio musical, como por exemplo: Os Beatles.
A contestação dos movimentos de contracultura acendeu a chama da rebelião estudantil. Na França o movimento: Maio de 68, que no começo era um protesto estudantil contra à má adaptação do ensino universitário ao mercado de trabalho, se transformou num movimento contestatório dos estudantes e trabalhadores.
O interesse era contestar as relações de poder vigente na sociedade moderna. No entanto, o desejo revolucionário não se restringiu a um único país (França), ele se expandiu pelos EUA, Inglaterra, Brasil, Tchecoslováquia, Polônia, China, Japão, etc.
Na Tchecoslováquia, os estudantes resistiam à intervenção armada dos soviéticos ( agosto de 68) querendo com isso, interromper a implantação de um novo regime socialista a “Primavera de Praga” de abril de 68. E no Brasil o movimento estudantil intensificava o seu protesto contra a ditadura militar o que provocou a criação do AI5 e o fechamento do congresso nacional.
Como podemos ver, o final da década de 60 foi uma fusão entre cultura e protesto político. Um tempo de muita agitação e esperança, onde os jovens sentiam-se retraídos e incompreendidos por uma sociedade demasiadamente conservadora para compreender o novo mundo que eles estavam oferecendo.

Por Daniela Avelar de Souza

Um comentário:

Unknown disse...

Muito legal essa abordagem sobre os protestos nos anos 60 e sobre, especificamente, o movimento de contracultura, que passei a compreender melhor depois de ler esse texto!!!